sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

visao celular: modismos versus modernidade.

No inicio do século XXI a Igreja em Manaus conheceu a Visão Celular, um modelo de organização e crescimento de Igrejas baseado nas células ou pequenos grupos. A proposta da Visão apontava para uma mudança de paradigmas e de valores que influenciaria imensamente a vida da igreja na formação dos novos pastores, liturgia, membresia, e principalmente, na perspectiva futura da Igreja quanto a seu impacto na sociedade.
Muitas denominações adotaram o modelo de organização eclesiástica celular e obtiveram resultados extraordinários. No entanto, no decorrer dos anos, a visão celular passou a sofrer alguns desgastes próprios de um movimento revolucionário, por falta de vigilância e discernimento espiritual. Assim como um maratonista, que acelera as suas passadas no inicio e sente falta daquela energia nos metros finais, assim alguns líderes, não sabendo discernir a economia da visão, atropelaram valores, queimaram etapas de amadurecimento e sofreram a devida conseqüência. Enquanto outros líderes, mais inteirados dos mecanismos de um processo de mudança e conscientes de suas limitações passaram a projetar um crescimento de Igreja a longo prazo, com metas realistas e respeitando a individualidade de cada um. Estes colhem agora os frutos maduros da visão, aqueles os rachas e movimentos divisionistas em seus rebanhos.
Por outro lado há aqueles que não aderiram à visão celular e por medo de arriscar retrocederam, deixaram de investir corretamente em novos lideres e de expandir o crescimento e viram suas igrejas encolherem e outras denominações expandirem e ,como conseqüência, abrirem catedrais nas avenidas principais e viverem um crescimento exponencial tanto no rebanho quanto na influencia social. Prova de que, quem não cresce, decresce. Quem pára não pára, quem pára regride. Apascentar um rebanho em tempos de modernidade e pós modernidade é como remar contra a correnteza, se parar vai voltar para a estaca zero.
A visão celular reflete a modernidade e não um modismo. Sob a ótica madura e conseqüente é um modelo eclesiástico que veio para ficar, formar e multiplicar. Tal leitura constitui-se o axioma da visão celular e de um modelo que propõe uma nova reforma, não teológica e nem mística, mas organizacional.
As organizações do século XXI consideram fundamentalmente a capacidade humana de multiplicar suas convicções como uma ferramenta indispensável no cumprimento da meta e consequentemente na qualidade de vida. No século passado uma campanha política, por exemplo, tinha seus pontos fortes nos grandes comícios, hoje a atenção está em juntar em torno de uma certa candidatura o maximo de lideranças possíveis que agreguem o maximo das diferentes parcelas da sociedade. É a busca por lideres que exercem influencia e que formam opinião. A visão celular visa equipar os lideres para terem maior influencia sobre seus discípulos e a sociedade. Portanto não é um modismo, mas um processo natural de fortalecimento das instituições.
Modismos são caprichos das tendências humanas que nascem com um tempo pré-determinado para morrer. Fenômenos, por definição, geralmente são raros e oscilantes, como por exemplo, querer trazer crescimento à igreja através de “programas” com pregadores e cantores fenomenais que vêem ao templo, atraem uma multidão de curiosos e fãs, colhem uma multidão de dinheiro e depois se despedem deixando o pastor “não fenomenal”, em uma situação complicada junto a suas ovelhas, visto que ele não vai pregar como o fenômeno e assim quando o “efeito programa” passar, ficará a ressaca a ser administrada pelo pastor.
E o modismo das células de aliança, que enchiam os pulsos dos ingênuos de símbolos de simpatias, crendices e misticismos. Pulseiras que apontavam para lugar nenhum e lideres que buscavam muletas e amuletos para motivar seu rebanho, a qualquer custo. Modismos passam, mas a modernidade não pode ser desconsiderada, sob pena de entrarmos para o time dos débeis e cegos que relegam a igreja a um estado de alienação e vergonhosa escuridão intelectual e social.
A igreja que não conhece seu tempo e as implicações da modernidade e pós- modernidade é uma igreja paralisada, prestes a entrar em extinção e impossibilitada de impactar a sua e as próximas gerações. Uma igreja de alto impacto se faz com líderes visionários, navegadores em mares bravios e culturalmente relevantes e influentes. A igreja que caminha na modernidade é vanguardista e não saudosista, é histórica, porém não tradicionalista, é viva e não morta. É uma igreja que não se vende ao jogo sórdido dos corruptos, mas que se mantém honrada, pura, santa e orientada pelo seu Senhor e em constante e saudável crescimento. Eis aí as marcas de uma igreja relevante na modernidade.
Há alguns conselhos editoriais e até mesmo concílios que querem rotular a visão celular de modismo passageiro e danoso a sá doutrina, procurando argumentos para respaldar suas leituras errôneas feitas sob densas trevas e espessas escamas intelectuais da teologia da retranca e da ortodoxia paralisante.
Na revista manual do obreiro publicado pela CPAD, ano 30, n 43. Há um artigo que enfatiza a importância dos leigos para o crescimento da igreja e para a formação da equipe ministerial de um líder na visão, o autor Dan Betzer afirma que “desde o inicio sempre acreditei nos crentes leigos e comecei a treiná-los (...) a visão da igreja que pastoreio é apresentada em apenas três palavras: Alcance – Ensine – Envie. O alcançar tem a ver com evangelismo, o ensinar refere-se a treinar e o enviar tem relação com abrir novas igrejas em nossa região e enviar missionários ao redor do mundo”.
Em suma a visao celular é exatamente isso que foi detalhado pelo pastor Dan Betzer, que lidera uma Igreja Assembleia de Deus em Fort Myers, Florida (EUA), visto que os lideres leigos a serem treinados são os nossos lideres de células, a nossa escada do sucesso é Ganhar – Consolidar – Treinar – Enviar, e a nossa meta é multiplicar células até que toda a cidade seja alcançada. Aqueles que criticam a visão e a rotulam de modismo, deveriam deixar a hipocrisia e reconhecer que a visão celular é perfeitamente plausível, doutrinariamente pura, liturgicamente neo testamentária e acima de tudo estrategicamente influente para alcançar as almas perdidas para Cristo Jesus.

4 comentários:

  1. Meu caro Pastor Anaias, a nossa Visão Celular tem obitido resultados positivos e crescimento sólido, pude constatar essa realidade nas eleições municipais, percebir a fidelidade das lideranças celular, o povo tem a independência e ao mesmo tempo uma harmoniosa obediência as lideranças.
    Hoje a visão é defendida com sadoria e ensinada com autoridade porque sua base é a Palavra de Dues, tenho a convicção de que a Visão Celular é a melhor forma de Evangelizar o Povo de Deus. Irmão James Alfaia Canaã

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  2. Meu amado pastor ANANIAS eu creio q e d Deus a visão ainda existe algumas resisdencias mas maos aobra e de Deus ahhh me mande algumas mensagem pra mim ministar na minha rede de Jovens ok meu imail:farney_33@hotmail.com

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  3. OLá, gotaria de saber sobre a visao da igreja em celular, em relação ao Natal. Se puder me responder, meu e-mail é debycarvalho@hotmail.com. Agradeço. Deborah

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  4. Caro Pr. estava à procura de algum artigo atual sobre a Visão, visto que na internet encontra-se muitos textos antigos de líderes que falavam de coisas sem saber.
    Devo concordar com suas palavras quando diz que "quem pára regride". Faço parte de uma igreja grande (mais de 3.000 membros) que não adotou a visão celular e está sofrendo algumas consequencias hoje como: a maioria dos membros são apenas expectadores, vidas que não são discipuladas, pessoas que se desviam do evangelho sem que ao menos os líderes tenham conhecimento.
    Poderíamos ter impactado a cidade, ganhado e consolidado e enviado muitos outros se tivessemos aberto os olhos para a visão celular.

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